domingo, 8 de janeiro de 2012

Era uma rapariga que aparentemente parecia igual a todas as outras da sua idade. Sempre alegre e pronta para oferecer sorrisos, carinhos e conselhos a todos os que precisassem de apoio. Resumidamente á vista de todos era uma miúda feliz e sem preocupações mas ninguém sabia que todos os dias chegava a casa, vestia uma roupa confortável e dormia para não pensar na vida que carregava nos ombros , não só a dela mas a de todas as pessoas que ajudava. Acordava muitas vezes no meio de sonhos que faria de tudo para serem reais,  muitas vezes chorava silenciosamente e pedia ajuda a ela própria. Não , ela não queria desiludir ninguém, não queria que os outros carregassem com os seus problemas , tal como fazia. Tinha um passado meio presente, tinha dentro de si algo que a empurrava para pensamentos tristes, ate nem eram tristes, mas tornavam-se por saber que não poderia voltar atrás e mudar a vida. Claro que se resumia a um alguém (como já devem ter percebido) , um alguém que foi felicidade , um alguém que lhe resolvia os problemas , lhe limpava as lágrimas e a fazia sorrir , um alguém que era a força na sua fraqueza. E onde anda ? por aí algures, trazendo-lhe sonhos para a realidade, fazendo-a sorrir por tempo limitado , conseguindo abrir um caminho de esperança. Irá tudo voltar ? Ninguem sabe , tudo duvida. E neste preciso momento ela respira fundo e , como sempre, ergue a cabeça e diz "vai ficar tudo bem".
"Tem a ver com as pessoas reais que somos. Quero acordar ao teu lado de manha, quero passar as noites a olhar para ti do outro lado da mesa de jantar. Quero partilhar contigo todos os pormenores do meu dia e ouvir cada detalhe do teu. Quero rir-me contigo e adormecer contigo nos meus braços. porque não és apenas a pessoa que amei em tempos. Eras o meu melhor amigo, trazias ao de cima o melhor que havia em mim e não consigo imaginar desistir disso outra vez."
(fictício)

2 comentários:

  1. Quando conhecemos o amor, um puzzle é criado. Demoramos a monta-lo para que saia perfeito e nenhuma peça se perca... e quando se perde? Tudo cai e não há continuidade. Gostei das tuas palavras! :)

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