domingo, 1 de maio de 2011

Chorei rios de lágrimas, não tenho vergonha de admitir, chegando à conclusão que quem não nos quer ver a sofrer, não dá motivos para derramar uma única lágrima. As saudades doíam, mas isso é algo que vamos ainda sentir, não achas? E mantive-me sempre consciente que enquanto pensava em ti, estava a dar-te espaço e tempo quando o que toda a gente me dizia não seres merecedor. Veio a fase do falso esquecimento, coração cicatrizado de profundas feridas. Mas acredita que é das piores coisas que podemos fazer, por não trazer bons resultados. Pensava em ti, em nós, aquilo que fomos e podíamos ter sido, se bem que hoje agradeço por tudo ter acontecido tal como aconteceu. Tu foste a minha grande aposta e a minha maior decepção. Eu quis tanto que me amasses, mesmo sabendo que não se pode querer isso dos outros.
 Entre o querer esquecer-te e continuar a viver com uma dor pequena, levou o seu tempo, o que também em nada ajudaste. Gostava que a tua vontade consistisse em que tudo fosse mais leve para mim. Se não me amavas, a dor da despedida podia ser menor caso fosse essa a tua intenção, mas acho que nem em mim mais pensaste quando arranjaste alguem, acabando por ficar sem espaço na tua vida. Não estou a incutir culpa e sobretudo para mim, porque já sofri tudo o que tinha a sofrer por ti. Eu não morri, mesmo que tenha visto a morte pela frente, passei a relativizar o que não se torna fundamental para a minha sobrevivência. é bem verdade que tudo passa na nossa vida, como tu passaste por mim e não ficaste. É preciso que queiramos muito para que tudo passe, (E AGORA SIM !), eu quis muito. Hoje posso dizer com toda a certeza que te esqueci. Mas não é só isto que que te quero dizer. Não me lembro ao certo o que fez com que ficássemos assim. Fazíamos planos, sonhávamos, acreditamos que éramos feitos um para o outro mas tu mudaste, eu mudei, e os nossos caminhos começaram a separar-se e os sonhos foram-se dissolvendo, os planos morreram. Dói saber que as palavras ditas se perderam e que agora o nosso “nós” se tornou eu e tu. Ficamos diferentes para convivermos, mas sem perceber, que as nossas diferenças sempre existiram, momentos bons que ficaram…
Espero que sejas feliz, pois eu sou, não considero que foste tempo perdido, tu foste importante, mas agora és uma lembrança, de alguém que passou e não vai mais voltar.
Eu não pedi que fosse para sempre, mas eu também não queria que fosse assim.


Caminhei, caminhei e encontrei quem sempre quis…até sempre.

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