domingo, 3 de abril de 2011

Há dias atrás tentei imaginar cenários onde as palavras se encaixassem, só consegui fixar a tua imagem, a tua presença.
Vivemos na dependência do diário, do constante, esquecemos o mundo que nos sufocava e explodíamos…
Apenas deixei a alma falar, envolver as palavras eram apenas mais uma forma de fazer com que tu soubesses tudo o que estava aqui dentro...Tudo me trazia a lembrança do que fizemos juntos...Imaginava-te a chegar, mesmo sabendo que estavas longe, a partilhar comigo todas as memórias vividas... As saudades que tinha de tudo o que passamos... Tinha saudades do passado... Limitei-me a ver-te partir, sem hesitação.
Sabia que partirias sem aviso, nem um adeus me deixarias, apenas o suspense, a dúvida que um dia voltarias... tentei prender-te com todas as minhas forças . Mas agora que voltas-te eu não consigo dar o melhor de mim , simplesmente tenho medo de sofrer , podes pensar que sou impotente, fraca, por não ter tomado a iniciativa para restabelecer tudo mas achava totalmente inatingível, inalcançável que tudo pudesse ser como dantes. Não há condições para tanto.


«Tornei-me maior do que sou porque as minhas palavras o desejam ser, porque transportam a voz da minha alma... Tal como um vidro vulgar reflecte o sol de uma forma mágica, assim eu sou! Parto sem rumo, todos os horizontes se aceitam, todas as missões são possíveis, todos os sonhos são legítimos! Ficam as memórias de um tempo sem tempo, de um espaço onde o sol e estrelas coexistiram em harmonia perfeita, de um sonho por inventar. Deixo-te no silêncio de um adeus, de um beijo roubado pela saudade que sinto... muitas...
“Talvez nunca te descubra nos sinais que me deixas e me perca no labirinto da dúvida mas, enquanto puder caminhar seguirei o teu rasto... até onde a vida me levar!”Amar é viver na corda bamba e o fim apenas a consequência de quem o fez demais... e esgotou a necessidade... Espero que me perdoes um dia pelo mal que te possa ter causado... Quem sabe se esse dia estará para breve...»


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