Uma pessoa não precisa estar a vida inteira ao teu lado para se tornar
única e inesquecível
25 de maio , ano desconhecido
Vou começar por explicar que o tempo é tão insignificante assim como o
que os nossos inimigos pensam de nós. Podem passar anos e continuamos a gostar
das mesmas pessoas, ter os mesmos sentimentos, gostar das mesmas músicas, odiar
outras, manter a mesma opinião apesar de muitas coisas se passarem na
vida.
Eu conheço um sentimento que quando verdadeiro prevalece durante anos,
prevalece até a hora da nossa morte e na minha opinião acho que mesmo que
levasse um tiro no coração eu amaria por mais ou menos seis segundos. Às vezes o amor desgasta-se, perde-se e
recupera-se amando outra pessoa e a isso eu não chamo amor, é uma espécie qualquer
de sentimento que desconheço embora já o tenha sentido na pele e nessas alturas
um ‘amo-te’ não é verdadeiro porque pode ser substituído, e ao fim de uns anos
ser dito a outra pessoa sem qualquer constrangimento.
Penso que vivi a experiência do amor , não ver só em alguém um namorado
ou marido mas um amigo , confidente , irmão , pai , mãe e todos aqueles entes
queridos que nos carregam aos braços quando mais precisamos de apoio. E
imagino-me daqui a largos anos a recordar este dia com lágrimas nos olhos e
lembrar-me da menina que fui e que amou sem querer nada em troca (...) E isso não vai mudar , porque o amor é eterno .
Não sofram por meros sentimentos , não idealizem , não desesperem
sabendo que tudo vai ficar bem e que a nossa idade é propicia a dificultar a
vida , não chorem por coisas inúteis , porque eu mantenho-me aqui , a sorrir
para o mundo carregando dentro de mim um fardo que nunca ninguém poderá
imaginar.
Porque
a vida não são os momentos que respiramos mas sim aqueles que nos deixam sem
respiração e eu já vivi bastantes.
(fictício)